quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dos caminhos imaginados que nunca podem saltar.


                                
                                                      À Vanessa Lima Lins e Raphael Patury Lins



Caminham pelas ruas os pés
que às pernas dominam
e a mim desconfortam
o caminho que os levam.
Este caminhar leva sempre até nós.

Caminham anestesiados os pés
sob o caminho imaginário
arrastando sempre aquelas pernas
donde brota todo ser
o ser que é sempre todos nós.

Caminham para o salto os pés
cooptados pelo caminho deixado,
levando consigo adiante o ser
do nada, inexistente de folego e grito.

Caminham sorrateiros
conosco, dentro de nós,
diversos de impossibilidades.

Possibilitemo-nos.

(Dimitre Padilha – arbitrariamente divagando a três).