Brotam
espinhentas favelas
no
meio do oco do Sertão,
impondo
rudeza
ante
a lei do cangaço,
foice,
mula e gibão.
Sem
medo o sertanejo
atravessa
a morte,
garrada
à mão sua prole,
escorrendo
suor cru
por
sob seu gibão.
Passos
firmes
percorrem
a sorte
de
quem nasce
com
o ferro do abate.
Planta
sangue
no
pó da Esperança.
Vento
norte,
chuva
forte.
Imbuzeiro,
juazeiro,
aroeira,
macambira,
catingueira,
criação,
todos
jazidos no chão.
Tanta
gente retirada
para
os lados do sudeste.
Passa
tudo, menos a tristeza
e
o sofrimento.
Fosse
vivo Lampião,
Corisco,
Candeeiro,
Labareda,
Moita Braba,
Cabeleira,
Azulão.
Invadiriam
os poderes
do
Estado, cortando língua,
furando
olho, revirando vísceras,
bradando
a vida do povo do Sertão.
(Dimitre
Padilha).