sábado, 25 de maio de 2013

Feminismo.




Sendo a mulher derivada
da costela de Adão,
qual seria a força do
esqueleto deste cidadão?

Invertamos os polos
da Gênese, atribuindo
a Eva essa incrível
doação.

O ventre que lhe cabe
toda especiação.

Devoremos a árvore
da ciência.

Colocai-vos as uvas
na fermentação.

A mulher foi quem
gerou o tal de Adão.  

(Dimitre Padilha, poema para todas as mulheres).

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Lua Clara.



Clara noite surge dos olhos
qual lua que exala cheiro morno
de alecrim em primavera anunciada.

Clara lua percorre a madrugada
das águas em ventos quentes
trazidos do norte.

A floresta é tua cama,
as cachoeiras, teus versos,
a essência da natureza
sua própria beleza.

(Dimitre Padilha)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Solos e subsolos.





Poesia clara
manhã dos sóis,
girassóis, transcorrido vergel.
Enigmaticamente caminhar...

(Dimitre Padilha).

terça-feira, 7 de maio de 2013

Futuro do pretérito.



Vil e sujo vi-me em seus olhos
tão atentos quanto descuidados
de névoa e alumbramentos
pretéritos.

Incolor e sem cheiro avistei-me
em seu olhar retificador,
devastando-me de tudo
o quanto antecedia a mim.

Essa dor destitui o gozo
inaudito, interdito, despido
de sangue e pele flamejante.

São girassóis mumificados,
frutos impuros da lembrança
num jardim esquecido.

(Dimitre Padilha)