quarta-feira, 24 de julho de 2013

A triste partida.


À Jose Domingos de Morais.

Dominguinhos é água que cai no solo mais seco do Sertão
É lua que ilumina as estradas dos errantes em retirada
É mel que adoça a doçura das crianças
É sanfona gonzagueada.

Dominguinhos é a força que carrega a cultura nordestina
É harmonia improvisada, 120 baixos de maestria
É a resistência do vaqueiro na lida brava
É peregrino de todos nós.

Dominguinhos é a simplicidade da cachaça
É o aboio do vaqueiro tocando o gado
É conversa avarandada.

Dominguinhos é o aconchego do lar
É luar, sanfona, fogueira
É o Sertão.


(Dimitre Padilha – 23/08/2013)