
Poema para a noite.
Apago as luzes e vejo você.
São seus olhos de gata no telhado da casa
Miando canções inebriantes
Grunhindo unhas, lambendo a pele Cigana.
Sua música é mantra repetido em ondas
Afastando o sono, e mesmo dormindo,
Sinto o cheiro do meu reflexo
Vozes que ecoam de um passado nunca vivido
Vejo-te em minha pele que exala seu cheiro
Entranhado nos lençóis e travesseiros.
Atiro-me janela afora, pulo o muro
Para te encontrar.
Poema sobre a noite.
Acordes menores com nonos acidentes
Saídos dos espaços entre seus dentes
Ecoam na brisa dos lábios da lua
Regidos em escalas flamencas seminuas
Roucos trovões de tempestades solares
E ela, a lua, invade todos os lares
Deflorando impiedosamente
A fonte de volúpia que existe na gente.
Notas dissonantes em ritmo acelerado
Misturam-se ao cheiro noturno
Da gata no telhado.
Abraço a noite por todos os lados.
Poema na noite.
Acorda amor que é noite ainda
Sente o cheiro que vem da janela
Soprados desgraçadamente pela lanterna
De errantes comorientes.
Vem olhar a noite amanhecer
Ouvindo o silencio dos astros
Que pulsam com um único
Dos seus abraços.
Beija-me, vicio meu,
Cuida desse peito,
Afasta a angustia saudosa
Do cheiro seu
Rege essa orquestra desorganizada.
Poema com a noite.
A madrugada chegou, e eu parti antes
Com a ilusão de marinheiros errantes
Que enxergam nos olhares do dia
Aquilo que não vicia.
Parti e voltei embriagado
Pelo ilícito cheiro
Dos teus abraços e seios.
Entrelaçando-me à noite aliciadora
Perdido entre suas pernas e cabelos,
Encontro no cheiro, pelo faro,
Tudo aquilo que sou e faço.
Vejo a noite como um espelho.
Poema da noite.
Encontro contigo na noite nua
Vigiada pela lua
Iluminando de desejo
Tudo o que vejo.
Retiro-a da cabeça e a tenho nas mãos
Nas pontas dos dedos,
Língua, lábios e cotovelos
Afastando a solidão.
Acaricio seu corpo e beijo seu braço
Passando as unhas próximo à boca
De onde a noite retira sua prece
Com acordes embriagados
Unidos à fumaça dos meus cigarros.
Três sedutoras mulheres,
(A noite, a música e a lua)
Devoram-me sem talheres.
(Dimitri Padilha)
Apago as luzes e vejo você.
São seus olhos de gata no telhado da casa
Miando canções inebriantes
Grunhindo unhas, lambendo a pele Cigana.
Sua música é mantra repetido em ondas
Afastando o sono, e mesmo dormindo,
Sinto o cheiro do meu reflexo
Vozes que ecoam de um passado nunca vivido
Vejo-te em minha pele que exala seu cheiro
Entranhado nos lençóis e travesseiros.
Atiro-me janela afora, pulo o muro
Para te encontrar.
Poema sobre a noite.
Acordes menores com nonos acidentes
Saídos dos espaços entre seus dentes
Ecoam na brisa dos lábios da lua
Regidos em escalas flamencas seminuas
Roucos trovões de tempestades solares
E ela, a lua, invade todos os lares
Deflorando impiedosamente
A fonte de volúpia que existe na gente.
Notas dissonantes em ritmo acelerado
Misturam-se ao cheiro noturno
Da gata no telhado.
Abraço a noite por todos os lados.
Poema na noite.
Acorda amor que é noite ainda
Sente o cheiro que vem da janela
Soprados desgraçadamente pela lanterna
De errantes comorientes.
Vem olhar a noite amanhecer
Ouvindo o silencio dos astros
Que pulsam com um único
Dos seus abraços.
Beija-me, vicio meu,
Cuida desse peito,
Afasta a angustia saudosa
Do cheiro seu
Rege essa orquestra desorganizada.
Poema com a noite.
A madrugada chegou, e eu parti antes
Com a ilusão de marinheiros errantes
Que enxergam nos olhares do dia
Aquilo que não vicia.
Parti e voltei embriagado
Pelo ilícito cheiro
Dos teus abraços e seios.
Entrelaçando-me à noite aliciadora
Perdido entre suas pernas e cabelos,
Encontro no cheiro, pelo faro,
Tudo aquilo que sou e faço.
Vejo a noite como um espelho.
Poema da noite.
Encontro contigo na noite nua
Vigiada pela lua
Iluminando de desejo
Tudo o que vejo.
Retiro-a da cabeça e a tenho nas mãos
Nas pontas dos dedos,
Língua, lábios e cotovelos
Afastando a solidão.
Acaricio seu corpo e beijo seu braço
Passando as unhas próximo à boca
De onde a noite retira sua prece
Com acordes embriagados
Unidos à fumaça dos meus cigarros.
Três sedutoras mulheres,
(A noite, a música e a lua)
Devoram-me sem talheres.
(Dimitri Padilha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário