sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meramente Eu.


O ventre é um reino despótico mornamente
acolhedor de nossas angústias espirituais.
O parto, o momento que descobrimos
a solidão e o frio vazio do mundo.

Hoje sou cigarro e vinho,
Eu e meu Eu, sangrando em diálogo
noturno de veras constatações:
o humano coração move-se sozinho.

(Dimitre Padilha, gripado e refletido)