quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dos caminhos imaginados que nunca podem saltar.


                                
                                                      À Vanessa Lima Lins e Raphael Patury Lins



Caminham pelas ruas os pés
que às pernas dominam
e a mim desconfortam
o caminho que os levam.
Este caminhar leva sempre até nós.

Caminham anestesiados os pés
sob o caminho imaginário
arrastando sempre aquelas pernas
donde brota todo ser
o ser que é sempre todos nós.

Caminham para o salto os pés
cooptados pelo caminho deixado,
levando consigo adiante o ser
do nada, inexistente de folego e grito.

Caminham sorrateiros
conosco, dentro de nós,
diversos de impossibilidades.

Possibilitemo-nos.

(Dimitre Padilha – arbitrariamente divagando a três).

6 comentários:


  1. Lindo! Parabens Dimitre! bj Gero

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  2. Obrigado, Gero. É sempre uma honra. Bjão.

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  3. Muito legal. Você sempre surpreendendo com sua forma inusitada de abordar temas tão subjetivos e ao mesmo tempo tão importantes para o autoconhecimento e para as inter-relações cotidianas. Viva, poeta. Parabéns!

    Humberto.

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  4. Olá amigo, também sou admirador da poesia. Se puder, acessa o meu blog também: http://gentilburatti.blogspot.com

    Abraços,
    Gentil Buratti Neto

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    1. Legal seu blog, gostei muito. A poesia nunca morre.

      Forte abraço, Gentil.

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