quarta-feira, 11 de junho de 2014

Exílio.



Hoje, no exílio de minha casa,
vejo meu corpo aleijado
prostrado em cama alheia.

O que fizeste este humano coração
para ser cirurgicamente dissecado
pelas asas de um passarinho?

Este exílio que me habita
retirou dos pés descalços
o voo imensamente alto.

E neste ninho vazio
sou imensamente
triste.

Imensamente amputado.


(Dimitre Padilha) 

Um comentário: