sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meramente Eu.


O ventre é um reino despótico mornamente
acolhedor de nossas angústias espirituais.
O parto, o momento que descobrimos
a solidão e o frio vazio do mundo.

Hoje sou cigarro e vinho,
Eu e meu Eu, sangrando em diálogo
noturno de veras constatações:
o humano coração move-se sozinho.

(Dimitre Padilha, gripado e refletido)

2 comentários:

  1. Belíssimo espaço da poesia, valeu
    Paulo Paiva

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  2. Muito obrigado, Paulo. Não deixemos que a agonizante poesia morra com e como este século.
    Abraço.

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