quarta-feira, 1 de abril de 2009

Diário de um NAUFRÁGIO.



Sou este homem atormentado
Em sua jornada a procura
Do essencial para a vida,
Buscando na sabedoria
Das florestas um sentido real
Que faça renascer
Sem a angústia da excelência
Material, mas sim libérrimo
Das amarras que o prendem
Ao fundo do casco desse navio,
Naufrago que é em si.
Deixando marcas na areia cinza
Ele caminha em sua própria direção,
Num reencontro inconsciente.
Vestido de si mesmo,
Corre sem pudor
Ao encontro do mundo
Pois teme, à hora da morte,
Saber que não viveu.

(Dimitri Padilha)

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