terça-feira, 22 de julho de 2014

Navegar é preciso, viver também.


Meu coração é beira de mar:
às vezes areia, praia, onda;
às vezes cheia, vazante – nunca vazio.

São as correntes, trazendo água morna;
é plataforma continental nos becos do dia;
é zona abissal em minha poesia.

Este meu coração de continentes:
era porto, cais, cordas e amarras...

agora é vela, vento, nau:
um imenso navegar.
  
(Dimitre Padilha)

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