Meu
coração é beira de mar:
às vezes
areia, praia, onda;
às
vezes cheia, vazante – nunca vazio.
São as correntes,
trazendo água morna;
é
plataforma continental nos becos do dia;
é zona
abissal em minha poesia.
Este
meu coração de continentes:
era porto,
cais, cordas e amarras...
agora é
vela, vento, nau:
um imenso
navegar.
(Dimitre Padilha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário