terça-feira, 22 de julho de 2014

Pequenininha.


Queria me enjoar de você,
do seu jeito de ser,
desse cheiro de mar
desse seu olhar.

Queria não gostar de você
de brincar de sorrir
dessas unhas no cabelo
de te sumir num abraço.

Queria me apartar de você
sem saudade de tudo que
nos cerca...

Sem saudade de quem sou contigo.

(Dimitre Padilha)

Um comentário:

  1. Então: lembre aquilo que eu lhe disse. A razão das coisas é serem imperfeitas. Imperfeitas como meu café sempre mais forte ou mais fraco ou mais doce ou mais amargo do que deveria. Imperfeitas, e ponto final. Como minhas cartas: sem cabeçalho e repletas de incorreções e autenticidades desnecessárias. É assim.

    E, em meio a tudo isso, lembre ainda que as coisas são assim, marginais, sabiamente defeituosas. Como a imperfeição dos cafés, cartas, memórias, juízos, com a virtude incógnita de serem certas em seus desvios, tão incógnita quanto amores perfeitos.

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